16 de setembro de 2015

Inspire seus Filhos a Estudarem Música!

“Tudo aquilo que sou, ou pretendo ser, devo a um anjo, minha Mãe.”




A música melhora a autoestima e o autoconhecimento. Nas aulas de musicalização, as atividades musicais são coletivas e favorecem a socialização e o desenvolvimento emocional da criança. Mais tarde, caso a criança aprenda a tocar um instrumento musical, ela aprenderá desde cedo à importância da prática, do foco, da perseverança e da disciplina para melhorar, além de enfrentar o medo de errar e lidar com a dificuldade. Porém, para que ela possa usufruir destes benefícios, ela precisa ter o apoio e a paciência dos pais durante o processo, que devem ter o papel de incentivadores, que valorizam a prática musical e gastam tempo ouvindo seus filhos tocarem o instrumento. Quando a criança mostra o repertório musical que está aprendendo, sua autoestima aumenta e isso contribuirá para que ela tenha mais confiança para persistir perante outros desafios que terá em sua vida (pois associa a conquista deste, ao sucesso dos demais desafios que virão).


Praticar música ensina a importância da disciplina. Para tocar bem um instrumento musical, é necessário disciplina. É necessário se organizar para praticar e melhorar suas habilidades no instrumento. A criança de um modo geral deseja resultados imediatos e, ensiná-las a persistir, a não desistir quando surgem os desafios de tocar o repertório musical, são treinos importantes para o ser humano e para sua educação global. Portanto, além de desenvolver suas habilidades musicais, a criança aprende o quanto é importante praticar para melhorar em qualquer área de sua vida, inclusive a musical.

A música ajuda no desenvolvimento neurológico da criança. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Vermont nos EUA, constatou depois de analisar tomografias de 232 crianças entre 6 e 18 anos, que as crianças que estudavam música desde a infância apresentavam ganhos positivos e duradouros em relação ao desenvolvimento cerebral. Os estudos afirmaram que estudar música melhora as funções executivas do cérebro, responsáveis por habilidades como memória, controle da atenção, organização e planejamento do futuro. Isso acontece porque praticar música, como tocar um instrumento musical, exige foco e disciplina, além de utilizar a coordenação das mãos, senso rítmico, estimulo visual e auditivo.

O aprendizado musical modifica fisicamente o cérebro, e os ganhos se mantém por toda a vida.
Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos informações seguras que o período entre Zero e Seis anos é de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É a fase de estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos são aprendidos e consolidados. Em uma entrevista à Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: “Música é a atividade artística mais completa. Pode ser um instrumento, palmas marcando um ritmo, um canto ou uma dança, a música oferece um grande impacto no desenvolvimento e prepara o cérebro para executar diferentes funções. A música é campeã em ativar redes neuronais no cérebro. Uma criança que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”.

Todos podem desenvolver a inteligência musical. Howard Gardner, professor da Faculdade de Harvard, ganhador de diversos prêmios, afirma que o que leva as pessoas a desenvolverem a inteligência (inclusive a musical) é: O ambiente que vivem experiências significativas que proporcionem a vontade de praticar, a educação e as oportunidades que surgem ao longo da vida. Gardner afirma que todo individuo nasce com um vasto potencial de inteligências, mas que estas só vão aflorar se for estimuladas e praticadas. Todos podem desenvolver a inteligência musical se praticarem.

As experiências musicais na infância ajudam a controlar melhor o corpo e a desenvolver a expressividade e a coordenação rítmica. Desde uma brincadeira de roda, ou tocar um instrumento musical, nas aulas de música, o cérebro é desafiado a utilizar diversas coordenações ao mesmo tempo (cantar/dançar, cantar/tocar/dançar, dançar/tocar, etc.) Essas informações são assimiladas pelo cérebro através dos sentidos, colaborando de forma significativa nas aquisições linguísticas, sociais e cognitivas, lembrando que todos os aspectos do desenvolvimento (motor, intelectual e afetivo) estão interligados e um exerce influência sobre o outro.

 A música é interdisciplinar. A música é uma linguagem matemática, mas ao mesmo tempo afetiva sempre inserida em um contexto social. Por ser tão poderosa e influente, através dela podemos aprender qualquer conteúdo, pois é uma linguagem que traz a motivação necessária para aprender. Por isso é tão utilizada em diversas rotinas nas escolas de Educação Infantil, além de ser utilizada também para trabalhar tabuada, inglês, etc.

A música desenvolve o vinculo afetivo entre aqueles que juntos a praticam. A música na infância sempre vem acompanhada de momentos afetivos, sejam brincadeiras cantadas envolvendo mãos, toque, roda, tocar e cantar juntos, ou seja, atividades que fazem com que as pessoas interajam entre si de uma maneira divertida. Cada pessoa traz consigo uma cultura musical que aprendeu com sua família, na escola, com amigos, com pessoas que são importantes na vida dele. Essas canções passam de geração em geração, porque ficam na memória pelo fato de ter qualidade afetiva e grande carga emocional. As atividades coletivas musicais entre a família, por exemplo, nos deixam memórias positivas e marcantes, por isso devem ser estimuladas e praticadas.

 A música traz benefícios a longo prazo. A música pode fortalecer áreas cerebrais importantes nos primeiros anos de vida, quando a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de modificar sua estrutura e função através de experiências anteriores) é maior, mas é preciso salientar que a plasticidade continua na fase adulta. Nunca é tarde para praticar música. Ao aprender a tocar um instrumento musical, por exemplo, estamos exercitando nossas habilidades mentais, refinando nossa capacidade de ouvir e desenvolvendo o controle motor fino, o que ajudará na firmeza de equilíbrio e na mobilidade. Ou seja, programaremos nosso cérebro para envelhecer em melhores condições.
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