RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
SÃO
PAULO
2012
CENTRO
UNIVERSITÁRIO SANT’ANNA
CURSO
MÚSICA
FÁBIO
DE SOUZA DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Trabalho apresentado ao curso de
Música do Centro Universitário Sant’Anna para obtenção do Grau de Licenciado
Orientadora:
Prof. Leila Yuri Sugahara
SÃO
PAULO
2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................. 01
CAPÍTULO I - PRÁTICA DE ENSINO
MUSICAL: CONJUNTOS INSTRUMENTAIS
1. Referencial
teórico...........................................................................................
02
2. Práticas desenvolvidas nas
aulas..................................................................... 04
3. Atividades de
regência....................................................................................... 05
CAPÍTULO
II - PRÁTICA DE ENSINO MUSICAL: LINGUAGENS E EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS
1. Referencial
teórico...........................................................................................
05
2. Práticas desenvolvidas nas
aulas..................................................................... 06
3. Atividades de
regência....................................................................................... 07
CAPÍTULO
III - PRÁTICA DE ENSINO MUSICAL: ORQUESTRAÇÃO
1. Referencial teórico...........................................................................................
08
2. Práticas desenvolvidas nas
aulas..................................................................... 09
3. Atividades de
regência..................................................................................... 09
CAPÍTULO IV – RELATÓRIO DE MÚSICA
NA ESCOLA PROMOVE.
1. Dados de identificação da
escola.................................................................... 10
1.1.
Tipo de Instituição........................................................................................10
1.2.
Horário de funcionamento...........................................................................11
1.3.
Número de alunos.........................................................................................11
1.4.
Nível de atendimento..................................................................................12
1.5.
Diretoria de
ensino.......................................................................................12
2.
Caracterização da escola......................................................................................12
2.1.
Diagnóstico da
comunidade..................................................................... 12
2.2.
Clientela escolar....................................................................................... 13
2.3.
Objetivos da escola.................................................................................. 13
2.4.
Matriz curricular........................................................................................ 14
2.5.
Projetos..................................................................................................... 15
3. Educação
Infantil: aspectos a serem observados............................................ 15
3.1.
Planejamento............................................................................................ 16
3.2.
Relação professor x
aluno........................................................................ 17
3.3.
Procedimentos metodológicos.................................................................. 17
3.4.
Utilização de recursos.............................................................................. 18
3.5. Acompanhamento do desenvolvimento do
aluno................................... 19
3.6. Reflexões e
síntese..................................................................................
20
CAPÍTULO
V – AULAS EM CURSO LIVRE DE MÚSICA - CENTRO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES JOVA
RURAL II.
1. Dados de
identificação da escola.................................................................... 21
1.1.
Tipo de Instituição.................................................................................... 22
1.2.
Horário de funcionamento........................................................................ 23
1.3.
Número de alunos.................................................................................... 25
2.
Caracterização da escola................................................................................ 27
2.1.
Diagnóstico da comunidade..................................................................... 28
2.2.
Clientela da
escola..................................................................................... 29
2.3.
Objetivos da escola.................................................................................. 29
3. Atividades
desenvolvidas pela escola............................................................. 30
3.1.
Cursos,,,,,,,,,............................................................................................ 32
3.2.
Relação professor x aluno....................................................................... 31
3.3.
Utilização de recursos.............................................................................. 32
3.4.
Acompanhamento do desenvolvimento do aluno..................................... 32
CONSIDERAÇÕES
FINAIS................................................................................ 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 37
INTRODUÇÃO
Os
Estágios de Licenciatura em Música da Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio surgiram da obrigatoriedade de cumprir 400 horas, conforme prevê
Art. 65 da Lei 9.394/96 “A formação docente, exceto para a educação superior,
incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas”.
Em
cumprimento da legislação vigente, o estágio curricular em que pude ter a rara
e a grata oportunidade de atuar “in loco”
efetivamente como Professor de Música foram realizados na PROMOVE, localizada
no município de São Paulo. E efetivamente, também, como Professor de Música no
CENTRO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES – JOVA RURAL, localizado no município de
São Paulo, com a finalidade de aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos no Curso
de Música – Licenciatura da Unisant’Anna.
O
Estágio Supervisionado visa fortalecer a relação teoria e prática baseado a
noção do conhecimento em música surge da ação da pessoa com a música, cuja
característica fundamental é o movimento simultâneo e sucessivo de seus
elementos (duração, altura, intensidade e timbre). Assim, dentro de um processo
ativo e lúdico, a pessoa poderá, em qualquer idade, construir seu conhecimento
musical, quando interagir com os objetos existentes em seu contexto social.
Entende-se
por objeto sonoro todo o objeto produzido ou percebido como som, desde que
organizado dentro de uma perspectiva estética intencionada, como música ou como
ato de audição. Nesse caso, envolverá tanto o som da voz e instrumentos
musicais definidos, quanto ruídos, buzinas, campainhas, cantos de aves ou
demais sonoridades de nossa paisagem sonora. O que define o objeto sonoro é a
organização integrada dos elementos sonoros construídos pelo homem como música.
As
atividades do estágio, particularmente, fortaleceram as minhas convicções
pessoais de que a atividade de se ensinar música nos dias atuais é algo que
pode definitivamente criar pessoas mais humanas que contribui pelo bem de si
próprio e de outras pessoas.
Por
fim, a minha gratidão será eterna a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram
nessa minha jornada, que está apenas no comecinho.
CAPÍTULO I – PRÁTICA DE ENSINO
MUSICAL: CONJUNTOS INSTRUMENTAIS
1.1.
OBJETIVO
O objetivo da
disciplina “Pratica de Ensino – Conjuntos Instrumentais” foi de possibilitar ao
aluno o aprendizado de habilidades e competências para o desempenho da atuação
como professor na educação básica (educação infantil, níveis fundamentais I e
II e nível médio) através da musicalização com instrumentos e das combinações diversas
para a total adequação das atividades propostas em relação a cada faixa etária
a ser trabalhada, além de conhecimento de diversas formações instrumentais
possíveis e foi-nos oferecido embasamento teórico, através da obra do médico,
filósofo e psiquiatra francês Henry Wallon, estudamos os diversos estágios do
desenvolvimento da criança (cognitivo, afetivo e motor) e como esse
desenvolvimento está intimamente ligado a educação e a evolução psicológica dessa
criança, e com isso, conhecemos subsídios
e formas como agir quando eu estiver exercendo a sua atividade como professor
da melhor maneira possível fazendo com que atinja melhores resultados.
1.2.
ATIVIDADES
PRÁTICAS
O curso propiciou pros alunos a possibilidade de
vivenciar na pratica algumas atividades que envolviam teoria musical e em
relação a psicologia da educação, a musicalização, e o trabalho de atenção e de
movimentação (psicomotor). Atividades como: parlendas, danças e atividades que
despertem a atenção e trabalhem a concentração, como atividade relacionadas a
imitação e de rápida reação em relação aos estímulos (auditivos, visuais ou
gestuais) Pois segundo Joly (2006 ):
A música é um
elemento importante na rotina diária de uma sala de aula. O contato com ela
pode enriquecer a experiência da criança de inúmeras formas. Se o professor
tocar ou cantar diversas músicas em diferentes situações durante todo o dia
escolar, a criança assimila outras situações de aprendizagem, tais como
habilidades sociais e estruturas de linguagem. As crianças são sempre
aprendizes por inteiro, elas aprendem um pouco de cada coisa cada vez que têm
oportunidade. Assim como assimilam os sons oriundos do processo de aprendizagem
da linguagem, elas também aprendem os sons musicais experimentando-os como
parte do ambiente onde estão. (JOLY, 2006, p. 38)
Os alunos vivenciarem aulas de
música dedicadas e focadas com objetivos claros, para bebês e crianças de
diversas idades com atividades sugeridas pela professora e abriu-se um espaço
para a aplicação das atividades elaboradas em aulas pelos próprios alunos,
seguindo todas as recomendações para cada faixa etária desenvolvida em cada
atividade, para fazer os alunos lidarem ainda mais a prática docente. Pois segundo Galvão (1998):
No desenvolvimento humano podemos identificar
a existência de etapas claramente diferenciada, caracterizadas por um conjunto
de necessidades e de interesses que lhe garantem coerência e unidade.
Sucedendo-se numa ordem necessária, cada uma sendo a preparação indispensável
para o aparecimento das seguintes. (GALVÃO, 1998, p. 57)
Essas
atividades práticas foram realizadas também com diversos tipos de matérias,
como gravações pequenos instrumentos, fantoches, bichinhos de pelúcia entre
outros, sempre com o objetivo de proporcionar estímulos adequados a cada
necessidade da etapa que a criança se encontra, com bastante movimento e
atividades que desenvolvessem a atenção, e assim de se atingir o resultado
esperado em cada aula, e em um planejamento mais geral também. Segundo GALVÃO
(1998), a respeito de cada fase do desenvolvimento da criança é ilustrado da
seguinte maneira:
No
estágio Sensório-Motor, projetivo, que vai até o terceiro ano de vida, o
interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo
físico. A aquisição da marcha e da preensão possibilita maior autonomia na
manipulação de objetos e na exploração de espaços. (GALVÃO, 1998, p. 58)
Foram
atividades que ofereceram informações para as situações reais que os alunos
irão vivenciar como professores quando lidarem com alguns tipos de alunos.
1.3.
ATIVIDADES
DE ELABORAÇÃO E REGENCIA DE AULA
Com a disciplina foi proporcionou-se aos alunos um momento para a elaboração de arranjos musicais para conjuntos
instrumentais para diversas faixas etárias, direcionando para com que os alunos
tivessem que trabalhar desde o princípio, que seria de escrever esse arranjo
para determinados naipes de instrumentos, e que fossem aplicados em uma
regência, direcionando os alunos passassem esse arranjo em um determinado
numero de aulas para os colegas como se fosse em uma situação real na escola,
com planejamento de ensino e planos de aulas, utilizando de todo o repertório
de conteúdos adquiridos ao longo do curso para que os objetivos quanto aos
assuntos abordados no arranjo fossem absorvidos e passados de forma clara e concreta nessa regência além de que esse
mesmo arranjo fosse executado da forma
planejada ou pelo menos da melhor forma possível mesmo com todas as situações
prováveis que poderiam dar errado, forçando ainda mais os alunos a lidarem com
a situação real do professor em exercício.
CAPÍTULO II – PRÁTICA DE ENSINO
MUSICAL: LINGUAGENS E EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS.
2.1. OBJETIVO
A disciplina “Prática de Ensino: Linguagens e
expressões artísticas e culturais” objetivou possibilitar o aprendizado de habilidades e competências para
o desempenho da atuação como professor na educação básica, (dessa vez com focos
nos níveis fundamental e médio) através da leitura, reflexão e discussão de
diversos textos a respeito da concepção de música e de educação musical,
possibilitando a reflexão sobre seus próprios conceitos a respeito.
Foi
oferecido embasamento teórico através do estudo das metodologias e pensamentos
dos mais importantes teóricos e educadores musicais do século XX tais como:
Schafer, Orff, Kodaly, Dalcroze, Willens e Suzuki oferecendo condições para
entendimento e análise de outras formas eficientes do ensino da música. Houve também dentro desse conteúdo teórico, a
abordagem de pensamentos Inatista, Ambientalista e Interacionista, e como essas
formas de pensamento influenciam na maneira do professor ensinar. Esses conhecimentos
dos métodos ativos foram significativos. Citando FONTERRADA (2008):
Hoje, nem mesmo as escolas de música
parece dar-se conta da importância dessas propostas, permanecendo muitas delas
no antigo esquema de iniciar crianças e jovens diretamente no instrumento, e
colocando-os em classes de teoria da música para completar a formação exigida
pela aula de instrumento. São poucas as escolas que sistematicamente
desenvolvem um trabalho apoiado nos métodos ativos como preparação para o
ensino de instrumento, que se dá nos mesmos moldes das escolas do século XIX,
ou que se dedicam a música popular, que sofre influencia das escolas jazzísticas
norte-americanas, igualmente voltadas para a prática instrumental e não para a
formação musical básica. Mas mesmo nas escolas que investem em aulas de
musicalização, observa-se que, muitas vezes, isso ocorre de maneira pouco
consistente, caracterizando-se mais como recreação do que como fonte de
conhecimento. O esquecimento dos métodos ativos da educação musical vem sendo
danoso ao ensino de música no país, provocando duas posturas opostas: a de
adotar um dos métodos acriticamente e de maneira descontextualizada,
descartando outras possibilidades, e a de ignorar seus procedimentos,
investindo em propostas pessoais, geralmente baseadas em ensaio-e-erro, em
geral, privilegiando o ensino técnico-instrumental (leia-se treinamento dos
olhos e das mãos) ou a diversão, dentro do pressuposto de que música é lazer.
(Fonterrada, 2008, p. 43)
2.2.
ATIVIDADES
PRÁTICAS
Nas aulas vivenciou-se e principalmente refletiu-se
sobre os próprios conceitos de educação
musical com atividades de reflexão e discussão em sala de aula de textos
pertinentes ao assunto, tais como: “Do, re mi, fá e muito mais: Discutindo oque
é música” de Maura Penna, “Apreciação Musical Através do Gesto Corporal” de
Maria Cristina Pires Rodrigues onde abordou-se de forma extremamente eficaz
temas como o que é música, o que é musicalidade, o fazer musical, a musica como objeto de expressão, o
desenvolvimento da musica através da motricidade e suas ligações. Ainda sobre
reflexões e discussões sobre bibliografias, foi discutido em aula os conteúdos de
arte abordados nos PCN’s e como eles são aplicados de fato.
Consolidou-se
o aprendizado neste período com a construção de um Planejamento de Ensino
dentro da educação básica e como se concilia os ideais do professor com os
PCN’s.
Houveram atividades práticas, jogos musicais,
focados no desenvolvimento da musicalidade através de diferentes maneiras de
sonoridades linguísticas, abordando conteúdos musicais como alturas, duração,
intensidade, timbre e densidade. Propostas essas da educadora Teca Alencar. Como
o jogo da conversação entre diversas línguas (francês, chinês, japonês,
indiano, russo) onde os alunos deveriam conversar utilizando a sonoridade e
expressão características de cada língua.
2.3.
ATIVIDADES
DE ELABORAÇÃO E REGENCIA DE AULA
Com
a disciplina vivenciou-se o ensino através da elaboração, montagem e
apresentação de seminários para os colegas sobre os mais influentes e
importantes educadores musicais já citados chegou-se ao resultado de aprendizado duplo, ou seja,
ao mesmo tempo que o aprendizado sobre os educadores e suas metodologias era assimilado pela
montagem das apresentações, os alunos puderam coloca-lo em prática na forma de
regência dos seminários, trabalhando assim a prática de ensinar.
Os seminários foram realizados em grupos, onde cada grupo
estudou e elaborou o seus seminário sobre um dos educadores, sua biografia,
seus pensamentos, metodologias, maneiras de lidar com a música, além do
contexto histórico e social que cada um deles viveu e estava inserido
Na disciplina foi proporcionado aos
alunos espaço para a elaboração de arranjos musicais para conjuntos
instrumentais focados para diversas faixas etárias, fazendo com que os alunos
tivessem que trabalhar desde o princípio, que seria de escrever esse arranjo
para determinados naipes de instrumentos, e que posteriormente fosse aplicado
em uma regência, fazendo com que os alunos passassem esse arranjo em um
determinado numero de aulas para os colegas em uma situação real na escola, com
planejamento de ensino e planos de aulas, utilizando de todo o repertório de
conteúdos adquiridos ao longo do curso para que os objetivos quanto aos
assuntos abordados no arranjo fossem absorvidos e passados de forma clara
e concreta nessa regência além de que
esse mesmo arranjo fosse executado da
forma planejada ou pelo menos da melhor forma possível mesmo com todas as
situações prováveis que poderiam dar errado, forçando ainda mais os alunos a
lidarem com a situação real do professor em exercício.
CAPÍTULO III – PRÁTICA DE ENSINO
MUSICAL: ORQUESTRAÇÃO
3.1. OBJETIVO
A disciplina “Prática de Ensino:
Orquestração” teve como objetivo possibilitar ao aluno o aprendizado de
habilidades e vivências para o
planejamento, construção e aplicação de arranjos musicais feitos para se
desenvolverem dentro do ambiente escolar com qualquer tipo de aluno em qualquer
idade e nível. Pois segundo JOLY (citando estudos de VIKAT) diz:
“Estudos realizados por Vikat
(1996), revelam que existe uma relação estreita entre o desenvolvimento musical
e o desenvolvimento intelectual dos indivíduos. O desenvolvimento musical está
relacionado com outros processos de cognição, tais como o desenvolvimento da
memória, da imaginação e da comunicação verbal e corporal.”
Assim, é evidente a necessidade do
ensino e da pratica musical durante o desenvolvimento da criança.
Também teve como objetivo a disciplina
trabalhar a criação de arranjos para determinadas melodias e canções focando o
desenvolvimento de determinados estilos e períodos da música, tais como,
Barroco, Clássico e Contemporâneo, oferecendo algumas condições básicas de
atividades práticas sobre como escolher instrumentos, timbres, dinâmicas,
formas, pensamento na forma de compor e todas as características desses
períodos de forma musical.
3.2. ATIVIDADES PRÁTICAS
Vivenciaram-se com a disciplina algumas
atividades práticas onde foi sugerido o embasamento para o desenvolvimento de
nossos arranjos, como a elaboração de projetos dentro do ambiente escolar, o
estudo de características dos estilos abordados para a criação dos arranjos.
Houve a experiência de conhecer e fazer
uma reflexão e discussão a partir do pensamento de Hans – Joachim Koellreutter
a respeito de orquestração e sua visão acerca da “Paisagem Sonora” e como ele aplica
a ideia de se fazer musica com o meio o qual estamos inseridos, utilizando
inúmeros elementos, que a princípio não possuíam função musical, mas q a partir
de um universo contextualizado seria possível se fazer música.
Houve a análise de vídeos de arranjos
que foram feitos e aplicados no ambiente escolar os quais observamos os pontos
positivos e negativos, além de percebermos a abordagem dos professores e como
inseriram diferentes alunos de várias idades realizando uma única apresentação.
3.3.
ATIVIDADES DE ELABORAÇÃO E REGENCIA DE AULA
Com a intenção hipotética de aplicação
em sala de aula, o foco de produção dos alunos durante a disciplina foi o
planejamento, escrita, construção e montagem além da aplicação e
desenvolvimento de um arranjo musical feito em grupo para a canção “Borboleta
Pequenina”, entretanto, porém, a ideia da construção desse arranjo deveria
contemplar características de períodos musicais (sendo eles Barroco, Clássico e
Contemporâneo) que previamente foram distribuídos para cada grupo afim de que houvesse
três diferentes arranjos para a mesma música.
A experiência proporcionou que os alunos
pesquisassem a respeito de inúmeras informações e características do estilo,
instrumentação disponível e como utiliza-la de forma adequada para cada um
desses estilos, divisão de naipes, a forma de composição e abordagem, como: a
polifonia do Barroco, a valorização da melodia principal e acompanhamentos de
variados naipes do Clássico ou a experimentação, improvisação e criação espontânea
do Contemporâneo.
Em
paralelo ao desenvolvimento de orientações sobre o estágio as aulas para essa
produção do arranjo foi-se consolidando, houve naturalmente correções e
aprimoramento das características
importantes e que seriam necessárias para acrescentar, ou subtrair, além da realização de ensaios com a turma.
CAPÍTULO IV – RELATÓRIO
DE MÚSICA NA ESCOLA PROMOVE.
1. DADOS DE
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Nome: PROMOVE
Endereço: Rua Teresa
Bortolo, 71.
Bairro: Bortolândia Cep: 02352-150 São Paulo – SP
Telefone: (11)
2206-0451
E-mail: botolandia@promove.org.br
site:
www.promove.com.br
TOTAL
DE HORAS EM REGÊNCIA EM NÍVEL DE ENSINO FUNDAMENTAL: 220 Duzentos e Vinte Horas.
1.1.
TIPO DE INSTITUIÇÃO: A organização PROMOVE foi fundada em 1989
Desenvolve suas atividades em parceria com a Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e com o Serviço Social da
Indústria (SESI).
1.2. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: 8h às
17h30
1.3. NÚMERO DE ALUNOS: 1.550
1.4.
NÍVEL DE ATENDIMENTO: Com unidades - localizadas em
comunidades de grande vulnerabilidade social - a PROMOVE atende 1.550 pessoas
por meio do esporte, Música, arte-educação, cultura, e cursos profissionalizantes.
2.CARACTERIZAÇÃO
DA ESCOLA
A
escola possui páteo coberto e descoberto, quadras, banheiros masculino e
feminino, cozinha, sala de secretaria, salas de aula para inúmeras atividades e
na sala de música há equipamento de som e vídeo.
2.1. DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE
A
Escola localiza-se na zona norte da cidade de São Paulo, num bairro residencial
de classe média baixa.
2.2. CLIENTELA ESCOLAR
Alunos
de classe média baixa, predominantemente de famílias que os pais trabalham
fora, empregados nos setores industriais, comerciais ou serviços (escritórios,
bancos e funcionalismo público).
2.3 OBJETIVOS
DA ESCOLA
A
organização PROMOVE tem por objetivo desenvolver ações sociais, educativas e
psicossociais com crianças, adolescentes e adultos, centrado no eixo
família-comunidade, de forma a prover melhoria na qualidade de vida, bem como
facilitar o processo de inclusão social e resgate da cidadania.
2.5. MATRIZ CURRICULAR
A matriz curricular está organizada de acordo com os
eixos indicados nos Referenciais Curriculares Nacionais e nos Parâmetros
Curriculares Nacionais.
2.6.
PROJETOS
A
escola realiza projetos promovendo a interdisciplinaridade. A música é
utilizada em grande parte dos projetos, e não apenas como ferramenta auxiliadora,
aliada a outros objetivos como divertimento, memória entre outros. Incorpora
importante influência como fonte de integração social e capacitação de valores
humanos e virtudes universais.
3.
EDUCAÇÃO MUSICAL - ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
3.1
PLANEJAMENTO
Os planos foram desenvolvidos de acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte.
Foram
propiciados aos participantes alguns aspectos históricos dentro de um contexto
artístico/musical. A abrangente miscigenação cultural abarcando aspectos da
literatura regional revelando as heranças, contribuições e peculiaridades
artísticas dos imigrantes do mundo todo ao Brasil.
3.2
CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MEU PAPEL COMO PROFESSOR LICENCIANDO EM MÚSICA.
·
Enquanto Professor Licenciando de
Música, atuei com o Objetivo de:
Explorar
e identificar elementos da música para expressar e interagir com as pessoas e
ampliar o conhecimento delas do mundo musical.
Perceber
e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio das experiências
vivenciadas durante as aulas de música.
Refletir
sobre as atividades musicais desenvolvidas e compartilhar aula a aula,
lembrando que é importantíssimo que os alunos tivessem a oportunidade de falar
das suas experiências com a música. Não havia certo ou errado, desde que as
manifestações estivessem coerentes com a produção que foi desenvolvida durante
as aulas de música.
·
O que trabalhei de forma bastante ampla
foi mediação para o estabelecimento de uma consciência coletiva sobre:
Diferentes
características geradas pelo som e silêncio, sempre atrelados ao contexto
musical.
Altura
do som: grave, médio, agudo / movimento sonoro.
Duração:
curta, média, longa – reconhecimento e utilização das variações de velocidade e
densidade (maior ou menor concentração de eventos sonoros) na organização e
realização de algumas produções musicais.
Intensidade:
fraca, forte e suas inúmeras variações.
Timbre:
características do som.
Jogos
e brincadeiras que promoviam expressão corporal de forma geral e improvisação
musical.
Repertório
de canções para desenvolver memória musical.
Conceitos
inerentes à música: pulso, andamento, acento, ritmo da melodia e forma musical.
Conjunto
instrumental.
Escuta
musical envolvendo obras de diversos gêneros, estilos épocas e culturas, da
produção musical brasileira e de outros países. Trouxe para os alunos
informações básicas sobre as obras ouvidas e seus compositores.
3.2. RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO
A relação do
professor com os alunos da sala apresentou-se de forma harmônica, proporcionei
segurança, alegria e tranquilidade aos alunos.
3.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Procurei
utilizar material próprio (modelos em anexo) que fui acumulando ao longo de
muitos anos em participação de Cursos de Música e Workshops de Educação Musical
em São Paulo e em Londrina. Com as aulas de Prática de Ensino Musical da Uni
Sant’Anna desenvolvi o seguinte roteiro para o planejamento das aulas de música
ministradas por mim.
- CANTO
DE ENTRADA OU AQUECIMENTO:
A
proposta para este aspecto é que houvesse um momento de “chamamento” e prontidão
para a aula. Nessas ocasiões procurei
trabalhar o movimento, com escuta e até com algum aquecimento vocal, explorei o
espaço, o corpo e alguns elementos musicais envolvidos no conteúdo. Houve
ocasiões em que optei em eleger uma canção de boas vindas que envolviam o nome
dos alunos.
- MOMENTO
DA ATIVIDADE
Nas
atividades, propriamente ditas, foram trabalhadas atividades musicais que
envolviam habilidades em cantar, dançar, tocar, ouvir, registrar, sentir,
perceber. Com o canto houve o cuidado de proporcionar o desenvolvimento de
repertório e memória musical tendo como base a faixa etária média em cada turma
de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A percepção sonora, no
sentido de acuidade auditiva foi trabalhada elementos musicais que envolviam as
qualidades do som – altura, intensidade, timbre, duração e como o som se
movimenta – pulsação, acento, ritmo da melodia, conjunto instrumental com
flauta doce e percussão com recicláveis e a escuta ativa. E o movimento, com
expressão corporal e a dança. Houve a atenção para trabalhar todos os tópicos
citados de forma entrelaçada. Em música tudo ocorre concomitantemente. O ritmo,
as qualidades do som, a pulsação e os vários elementos musicais estão presentes
de forma não fragmentada. Desmembrei em tópicos para facilitar o entendimento
do planejamento das minhas aulas, mas há que se ter um olhar global sobre os
conteúdos que foram trabalhados.
- RELAXAMENTO
E REFLEXÃO
Nesse
momento, geralmente nos minutos finais das minhas aulas de música, ocorria a
desaceleração e eu propunha ou proporcionava um ambiente favorável à reflexão
das atividades desenvolvidas durante a aula e já instigava sobre o fascínio da
próxima aula, visando com isso que todos participassem nos encontros
subsequentes, evitando assim a evasão ou a fragmentação da turma.
ALGUMAS
ATIVIDADES DE REGÊNCIA EM MÚSICA DESENVOLVIDAS POR MIM PARA EDUCAÇÃO INFANTIL,
ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO.
Materiais
utilizados:
Laptop,
microfone e placa de som, Barbante, Saxofone.
Tempo de
duração total de 120 minutos.
Preparação 6 minutos.
Dinâmica
de concentração e alongamento (3 minutos), isso se estiverem muito agitadas.
Dinâmica
de “passar a flecha” batendo palmas (3 minutos) se estiverem muito tímidas.
As
crianças em circulo fazem o alongamento
INTRODUÇÃO
5 minutos
Texto- 1
minuto
Desde o começo dos tempos o homem
sempre usou sons para se comunicar, compartilhar emoções e expressar idéias.
Aquilo que chamamos por música hoje em dia, teve suas origens em civilizações muito
antigas, como os bizantinos, sumérios, egípcios e os gregos. A música e algo
tão antigo quanto à própria humanidade, todos os povos, mesmo em seu estágio
mais primitivo, sempre tiveram a musica fortemente presente em suas tradições e
costumes.
Perguntar
para as crianças (obs., conduzir a conversa para não levar mais que 5 minutos).
-O que é
música?
-Para
que serve a música?
-Onde já
ouviram música?
ANTIGUIDADE CLÁSSICA E GRÉCIA ANTIGA
5 minutos
Texto- 1 minuto
De todos os povos antigos, os que mais
influenciaram a nossa música foram os gregos. Para os gregos ao estudar os sons
e suas relações entre si estaríamos automaticamente desvendando os segredos do
universo. A música, poesia e dança era a mesma coisa e ligadas fortemente com a
filosofia, física e religião. Para os gregos os planetas girando no cosmos
produziriam uma música a chamada de música das esferas, que nossos ouvidos não
podem ouvir. Uma simples melodia tinha capacidade de transmitir valores e
emoções para as pessoas, valentes para a guerra, mais comportados, inteligentes
ou bagunceiros. A escolha das músicas para serem ouvidas era um assunto tratado
seriamente por muitos teóricos, como por exemplo, o filosofo Platão. A música
era improvisada, existiam competições e festivais de improvisação nas praças
das cidades estados gregas.
DINÂMICA
DE GRUPO
Colocar
músicas diferentes no rádio e perguntar (obs., conduzir a conversa para não
levar mais que 5 minutos).
-Quais
emoções os estudantes sentem ao ouvir músicas diferentes?
-Essas emoções
são as mesmas para todos que as ouviram?
-Perguntar
se eles já se emocionaram ou se sentiram diferentes com alguma música que
ouviram.
-Ouvir
uma música da Grécia antiga (gravação de vídeo do youtube)
IDADE MÉDIA
5 a 15
minutos
Conceitos
a serem trabalhados- Altura, melodia.
Texto- 2
minutos
A teoria musical inventada pelos
gregos foi absorvida na música dos romanos, e com o domínio do império romano,
essa forma de organizar os sons e estudar musica se espalhou por toda a Europa.
Por 10 séculos as pessoas se reuniam
nas igrejas para orar e entoar cantos religiosos juntos e desse convívio se
percebeu novas relações dos sons entre si. Todos entoavam a mesma letra ao
mesmo tempo, pouco a pouco se tornavam melodias.
Aos poucos duas melodias começaram a se
distinguir no meio dos cantos, depois três, e no meio de toda essa confusão,
foi necessário inventar uma forma de se registrar e escrever música. Assim em
qualquer lugar as pessoas poderiam cantar da mesma forma e entoar as canções
religiosas direito.
A solução inventada para esse
problema foi a seguinte. Em um pergaminho em cima da letra da musica era
traçada uma linha, tudo que estava acima dessa linha era um som agudo, abaixo
da linha um som mais grave, e na linha um som médio.
Decorar
trecho da letra do “canto do povo de um lugar” – Caetano Veloso, todos os
estudantes falando a letra ao mesmo tempo:
“Todo o dia o Sol levanta e a gente
canta o Sol de todo dia"
Fazer
dinâmica de grupo com a partitura de uma linha
Uma corda ou barbante e esticado no
ar e as crianças reproduzem sons médios, graves ou agudos de acordo com a
posição da bola em relação à linha.
Passar melodia do canto do povo de
um lugar um voz
Objetivo-
deixar claro a propriedade de altura do
som, e sua representação visual.
Texto- 1
minuto
Com o passar do tempo, uma linha não
era mais o suficiente para indicar os sons usados, então passaram a usar quatro
linhas.
Mostrar
partitura de canto gregoriano
Texto: E
finalmente cinco linhas! (Mostrar pentagrama)
Ouvir
música da idade média (vídeo do youtube)
RENASCENÇA
5 ou 10 minutos
Conceitos
a serem trabalha-Ritmo, pulsação, organização de compassos binários e
ternários.
Texto- 1
minuto
Depois que inventaram uma forma de
se escrever as alturas tudo ficou mais fácil. As pessoas podiam cantar melodias
diferentes ao mesmo tempo e explorar todas as combinações possíveis. Cantos realizados por grupos vocais ficaram
cada vez mais frequentes em cultos religiosos, e compositores chegaram a
escrever musica para ate 40 vozes diferentes! Com tanta gente cantando, pouco a
pouco surgiu à necessidade de se organizar, se não cada um cantava em um
momento diferente.
DINÂMICA
DE GRUPO
3-5 minutos
Dinâmica
de Ritmo, Pulsação, Organização de compassos binário e ternário.
Pulsação
no Pé, as crianças batem palma na pulsação, depois batem palma no ritmo da
musica. (segunda voz do canto do povo de um lugar caso o grupo esteja
acompanhando tudo)
Texto 1
minuto
Dessa forma, todos sabiam o exato
momento de começar e terminar, a duração de cada nota, e o ritmo da música.
Ouvir
música vocal renascentista (vídeo do youtube)
BARROCO
Conceitos
a serem trabalhado- Timbre
Texto: 2 minutos
Além de
ser cantada nas igrejas e para fins religiosos, a música também era uma
ferramenta de passar o tempo. Reis, rainhas e nobres tinham músicos entre seus
empregados. Em cada castelo existia um grupo de músicos prontos para tocar em
ocasiões especiais ou ao simples desejo do rei. Em uma época onde não existia
nem televisão, a pessoa se entretinha conversando, ouvindo musica e assistindo
teatro. A música marcava o ritmo das danças dos palácios e castelos dos reis, e
os compositores agrupavam suas músicas em conjuntos de danças, o que chamamos
de suíte. Foi também nessa época que surgiu a ópera, uma espécie de teatro com
fundo musical, onde os atores interpretavam cantando seu texto, e os
instrumentos além de servirem como acompanhamento aos cantores imitavam efeitos
sonoros, como o barulho dos pássaros, as ondas do mar, o som de espadas
duelando etc. A forma como [e feita hoje em dia à trilha sonora de filmes,
novelas etc., teve seu principio nessa época].
Outra novidade que surgiu nessa
época foi à forma de se compor como uma melodia acompanhada. Um grupo de
instrumentos tocava a melodia, e outros faziam um acompanhamento em acordes,
geralmente um instrumento grave como o contrabaixo era acompanhado por outro
instrumento capaz de tocar acordes, como o cravo (avo do piano) ou o alaúde
(parente do violão). Com tantos instrumentos juntos, surgiu uma necessidade de
se escrever de uma forma especial para cada um deles, e nessa época as
partituras passam a ser feitas para cada instrumento. Uma forma prática de se
organizar isso foi agrupar os instrumentos por afinidade, famílias.
DINÂMICA
DE GRUPO
Fazer o estudante
se organizarem em grupos diferentes, de acordo com seus próprios critérios. 3
minutos
Ouvir
música do período barroco (vídeo do youtube)
CLASSICISMO
5 minutos
Conceitos
a serem trabalhado- Estabelecimento de estruturas formais
Texto
Com o passar do tempo, as
composições foram ficando cada vez mais independentes de ritmos de dança e da
poética da letra das canções. O uso de acordes foi sendo cada vez mais
explorado e a partir dai as pessoas perceberam que quanto mais organizado e
simétrico os sons, mais agradável ao ouvido a musica se tornava.
DINÂMICA
DE GRUPO
Canto do
povo de um lugar organizando numero de vezes e forma
Ouvir
musica classicismo (vídeo do Youtube)
ROMANTISMO
Conceitos
a serem trabalhados: Intensidade
Grupos
instrumentais foram crescendo cada vez mais, e com tanta gente tocando ao mesmo
tempo, os compositores perceberam que era possível explorar a intensidade, o
volume dos sons, instrumentos tocando em alguns momentos mais fortes e em outro
mais fraco. Agrupamentos de músicos chegaram à da orquestra moderna, e
compositores escreviam musicas de longa duração, explorando cada vez mais novos
universos sonoros.
DINÂMICA
DE GRUPO
Executar
canto do povo de um lugar com alterações de dinâmica
Ouvir música romantismo (vídeo do
Youtube)
MODERNISMO E
VANGUARDA
Conceitos
a serem trabalhados: O ruído como material sonoro para composição musical
Texto 1
minuto
Com o desenvolvimento da tecnologia
finalmente descobriram formas diferentes de se gravar o som. A música
finalmente podia ser ouvida sem ter alguém necessariamente tocando um
instrumento ao vivo! No começo as primeiras gravações eram feitas em discos de
cera, e até mesmo em disco de uma rezina feita de besouro. Antigamente tínhamos
o vinil, e hoje em dia temos o cd, o mp3, e o Youtube.
Isso deu chance aos compositores de
usar sons antes nunca imaginados, como compor uma música feita com latidos de
cachorro ou inventados pelo compositor com o uso do computador.
DINÂMICA
DE GRUPO
Gravar o trecho da canção “Canto do
povo de algum lugar – Caetano Veloso”
Gravar música concreta feita na hora
com os estudantes, usando ruídos do ambiente.
Ouvir música concreta. (vídeo
youtube)
Mixar e
organizar as gravações feitas pelos estudantes 10 a 15 minutos.
Audição
das gravações e diálogo acerca do resultado.
3.4. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS
Os recursos foram
utilizados de maneira adequada e com pleno aproveitamento. Isso se deve ao fato
de que fui eu mesmo que pesquisava e levava comigo os instrumentos e
equipamentos necessários de apoio para as minhas aulas. Há um célebre ditado
popular que serviu de inspiração para a utilização dos recursos, que diz: “Se
deseja que algo seja bem feito, faça você mesmo”.
3.5. ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
Como
foram as minhas avaliações:
A
avaliação ocorria num contínuo processo, levando em consideração os processos
vivenciados pelos alunos. Através destes processos eu observava a melhor forma
para reorganizar os objetivos, estratégias e procedimentos, de forma a melhor
adequar as aulas para o grupo.
Uma
maneira bem eficiente e prazerosa de se fazer a avaliação foi o fato de eu ter
sempre à mão um smartfone que pudesse efetuar gravações de som/vídeo. Foi
importante e significativo que os alunos ouvissem as gravações. Muitas vezes os
alunos ficam tão absorvidos no processo que não conseguem se identificar
durante a atividade. Ao final das aulas, quando eu abria um espaço para
reflexão, pude mostrar-lhes diversas vezes o que foi gravado e para que
percebessem os detalhes e, assim, irem desenvolvendo o senso crítico; isso me
ajudou como Licenciando em Música na construção da minha avaliação, seja em
relação ao aluno, seja em relação a minha aula ou entre ambos.
3.7. REFLEXÕES E SÍNTESE
Segundo o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil, a música deve ser vista como linguagem, uma
vez que integra aspectos afetivos, estéticos e cognitivos, além de promover a
interação e comunicação social.
Por ser uma das formas mais antigas de
expressão humana já justifica sua presença no contexto educacional.
Outro aspecto importante nesse enfoque
educativo é olhar para música como instrumento investigativo, experimental e
reflexivo.
Como um graduando em Licenciatura em
Música da Uni Sant’Anna, procurei na minha experiência enquanto estagiário e
professor de música propiciar as condições favoráveis para integrar momentos de
experiência que envolvia vivência, percepção, e reflexão acerca dos conteúdos
musicais partindo do pressuposto que a música não é um produto pronto, que
possa ser reproduzido como um modelo. Enfatizei veementemente durante as aulas
que ministrei que a música é um conhecimento que se constrói.
É relevante lembrar também que os alunos
necessitam de elementos que sirvam de base para a suas criações. É através da
exploração material, reflexão sobre o fazer e percepção das questões
relacionadas ao som que os alunos começam a construir o seu fazer musical de
forma consciente.
Portanto, concluo que toda vez que
forneci aos alunos materiais e atividades que levassem a vivenciar, explorar,
sentir, refletir sobre o fazer musical, automaticamente eu colaborava com a
capacidade musical criadora dos alunos. Essa constatação é motivo de grande
emoção e alegria.
CAPÍTULO
V – AULAS EM CURSO LIVRE DE MÚSICA - CENTRO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES JOVA
RURAL II.
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Nome: CENTRO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
JOVA RURAL II.
Endereço: Rua Portal II, n° 77.
Bairro: Jd. Felicidade Cep: 02326-030 São Paulo – SP
Telefone: (11)2240-9695.
E-mail: ccajovarual2@gmail.com
Site: amigasdejovarural.blogspot.com
TOTAL
DE HORAS EM REGÊNCIA EM NÍVEL DE EDUCAÇÃO
INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: 80 Oitenta Horas.
1.1. TIPO DE INSTITUIÇÃO: Pública –
Municipal.
1.2. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: 8h às
17h30.
1.3. NÚMERO DE ALUNOS: 140.
2.
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA: O Centro para Crianças e Adolescentes Jova Rural II, situa-se no bairro de Jova Rural, atendendo crianças e
adolescentes de 06 a 14 anos e 11 meses, provenientes de risco pessoal e
social. Tentando minimizar essa realidade o CCA desenvolve a inserção, promoção
e prevenção das crianças e adolescentes nos seus direitos individuais e sociais
com a conquista de uma qualidade de vida melhor!
2.1. DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE
A comunidade localiza-se no bairro de
Jova Rural, extrema periferia da zona norte da cidade de São Paulo. È uma
localização bastante difícil, onde há montanhas e o transporte público é
precário.
2.2.
CLIENTELA DA ESCOLA
Os alunos da escola em sua maioria são crianças e
jovens do próprio bairro. Há fila de espera, pois o espaço físico não comporta
a demanda pela procura.
2.3. OBJETIVOS DA ESCOLA
O Centro pra Crianças e Adolescentes de Jova Rural teve como objetivo, através de oficinas de Música, atingir um progressivo desenvolvimento musical, trabalhando o senso ritmo, melódico e harmônico, desenvolvendo habilidades como apreciação musical, interpretação de repertório, composição e improvisação.
2.4.
RECURSOS FÍSICOS DA ESCOLA
O prédio é feito de
alvenaria, as salas localizam-se no primeiro e no segundo andar, com salas de
aula, uma Flauta Doce Germânica Yamaha personalizada para cada aluno e uma sala
para a prática de atividades lúdicas, cozinha, banheiros, e mais uma sala de
secretaria.
3.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA
3.1. CURSOS
A Escola oferece cursos nas áreas de
música, movimento, artes plásticas, esporte, além do apoio à alfabetização.
3.2. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO
3.2. RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO
A
relação professor e aluno foi cordial e de amizade para que as aulas
caminhassem e conquistassem o resultado esperado,
3.3. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS
Os recursos foram utilizados de maneira
adequada e com pleno aproveitamento. Isso se deve ao fato de que fui eu mesmo
que pesquisava e levava comigo os instrumentos e equipamentos necessários de
apoio para as minhas aulas.
3.4. ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
DO ALUNO
Como
exposto anteriormente como foram as minhas avaliações:
A
avaliação ocorria num contínuo processo, levando em consideração os processos
vivenciados pelos alunos. Através destes processos eu observava a melhor forma
para reorganizar os objetivos, estratégias e procedimentos, de forma a melhor
adequar as aulas para o grupo.
Uma
maneira bem eficiente e prazerosa de se fazer a avaliação foi o fato de eu ter
sempre à mão um smartfone que pudesse efetuar gravações de som/vídeo. Foi
importante e significativo que os alunos ouvissem as gravações. Muitas vezes os
alunos ficam tão absorvidos no processo que não conseguem se identificar
durante a atividade. Ao final das aulas, quando eu abria um espaço para
reflexão, pude mostrar-lhes diversas vezes o que foi gravado e para que
percebessem os detalhes e, assim, irem desenvolvendo o senso crítico; isso me
ajudou como Licenciando em Música na construção da minha avaliação, seja em
relação ao aluno, seja em relação a minha aula ou entre ambos.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O
valor da linguagem musical é um consenso entre os músicos. Tom Jobim,
referência Mundial da musicalidade Brasileira, afirmou em uma frase que encerra
o documentário A música segundo Tom Jobim “A linguagem musical me basta”.
Entretanto, o valor da linguagem
musical não é um consenso nos demais segmentos da sociedade, isso fica evidente
quando se compara a prática e o ensino da linguagem musical em épocas ou
lugares. Estamos vivendo um momento ímpar e propício no Brasil para
desvendarmos o que está por trás nas atitudes tomadas em relação à aprendizagem
da linguagem musical, sobretudo, no atual contexto escolar.
Fonterrada (2008) uma militante no
campo da “ecologia acústica”, atividade que integra, de maneira crítica, ser
humano e natureza, e particularmente, com a paisagem sonora, isto é, com o som
em todos os seus aspectos e funções, esclarece:
O
fato de a música ter ou não seu valor reconhecido coloca-a dentro ou fora do
currículo escolar, dependendo de quanto
é ou não considerada pelo grupo social. Se, em determinada cultura, a música
for uma das grandes disciplinas do saber humano, o valor da educação musical também
será alto, em pé de igualdade com o de outros campos do conhecimento. Se,
porém, não houver esse reconhecimento, sua posição em relação às demais áreas
será, também, marginal. Esta é a questão crucial com que se depara hoje no
Brasil: o resgate do valor da música perante a sociedade, único modo de
recolocá-la no processo educacional. (Fonterrada, 2008, p. 13)
Desde 1996, após uma ausência longa
de trinta anos, a linguagem musical foi contemplada pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional n° 9394/96 com o status de “disciplina” nos
currículos escolares.
Com três décadas longe das escolas,
a geração atual de professores, em sua maioria, não teve em sua formação a
oportunidade de cantar nem tocar um instrumento. Os professores e alunos
adquirem um referencial musical oriundos dos meios de comunicação e não faz
parte do contexto escolar a prática do saber musical. Logo, o processo do
retorno efetivo da linguagem musical se dará de forma lenta e gradual no
Brasil.
Mutti e Fiss (2011) líderes do Grupo
de Pesquisas sobre Educação e Análise de Discurso da FACED/UFRGS, afirmam:
Pensar
a Educação como um campo disciplinar significa compreender que este não se
constitui como espaço de fronteiras fechadas, mas que, paradoxalmente, está
sempre em relação com o seu exterior, ou seja, com elementos do saber que vêm
de outros campos, que se atravessam e figuram no seu próprio interior,
reclamando sentido. A noção de interdiscursividade permite compreender que os
estudos do campo da Linguagem entrem para o campo da Educação como um exterior
que passa a figurar no interior do mesmo, fazendo parte dele, de tal modo que
os movimentos de desestabilização provocados atingem e modificam ambos os
campos. (Mutti e Fiss, 2011, p. 644)
Assim, de modo a conceber a
interdiscursividade, interação e a união entre a Educação e a Linguagem
Musical, o objetivo da vivência enquanto estagiário como professor de música
consistiu em estabelecer parâmetros que determinassem o aprendizado da
linguagem musical. Como se dá o processo de aprendizagem da linguagem musical
numa pessoa? E quais seriam os possíveis
critérios que garantiriam o aprendizado da linguagem musical?
Para encontrar essas e outras
respostas ligadas ao assunto não pretendo esgotar a minha formação acadêmica
com a graduação, pretendo ir além. O propósito inicial consiste em produzir um
artigo claramente posicionado pela ótica acadêmica, realizar um trabalho
inscrito a partir de vivências reais indagando seriamente o sentido do
aprendizado da linguagem musical e contribuir para o fomento do conhecimento
pedagógico na formação de futuros professores em educação da linguagem musical
no Brasil.
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