“Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música
de seus versos.” (Cora Coralina)
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Música
é uma magia! Faz a tristeza tornar-se alegria, a solidão ter companhia, e o
desânimo tornar-se energia vital! E proporciona também, entre outros
benefícios, a vontade de sempre viver de bem com a vida.
Os
sons estão por toda a parte. Pequenos animais ou os grandes emitem todo o tipo
de ruído: latidos, miados, mugidos, cocoricós, pios... Os trovões emitem um som
imponente, grandioso, estupendo!
Já os pingos da chuva tem uma sonoridade mais
singela e graciosa, quando chove, pois a chuva já está se tornando algo raro
nos nossos tempos atuais de longa estiagem onde deveria-se chover e de
alagamentos onde raramente se via tormentas torrenciais.
O
murmúrio do vai e vêm das ondas do mar hipnotizam pelo ritmo encantador
enquanto o vento sussurra em nossos ouvidos lindas e poéticas reflexões acerca
da vida e da morte.
Os
sons encontram-se por todos os lados, na natureza, nas cidades, mas somos nós –
seres humanos – que possuímos a capacidade de organização sonora e dar sentido
aos sons e criamos a chamada “música”.
A
música começa dentro de nós. Quando cada criança nasce já produz seus primeiros
sons musicais! E no próprio corpo descobre as várias possibilidades para se
criar música: a voz, para cantar, as mãos para bater palmas, e o coraçãozinho
batendo “Tum-dum, Tum-dum, Tum-dum...” como se fosse um tamborzinho, marcando o
ritmo básico da vida, acompanhado pelo sopro da respiração.
Para
acompanhar o som da voz e das palmas, criaram-se ao longo da história da
humanidade, flautas, tambores, guitarras, cuícas, agogôs, violinos, violas,
violoncelos, violões, tamborins, trombones, berimbaus, e inúmeros e
diversificados outros instrumentos. E também, criou-se a combinação dos sons
emitidos por esses instrumentos na forma de conjuntos e formações incríveis com
a mistura alquímica desses sons, como fazem as escolas de samba, as orquestras,
os corais, as bandas de rock, os quartetos, duetos, sextetos, e por aí vai...
A
música baila nas festas de rua, nas festas dentro de casa, rebola nos shows,
voa pelo rádio, gira nos LP’s, CD’s, DVD’s, e fica apertadinha dentro dos
Ipods, mp3, mp4, mp5. E quando mergulhamos, de verdade, dentro da música
podemos sentir os sons nos conduzir pelos ares! E como é maravilhoso voar com
ela!
A
música começou a existir como? A
resposta para essa pergunta nos remete à milênios de anos atrás, no passado da
humanidade. E é mais ou menos como montar um quebra cabeças e sem termos todas
as peças. É que, muito antigamente, no tempo das cavernas e das primeiras
civilizações que se tem registro não havia meios para se gravar a música. E por
não haver registros fonográficos não podemos ouvir exatamente a paisagem sonora
como era na antiguidade.
O
primeiro gravador foi inventado por Thomas Edison em 1877. A primeira
transmissão de rádio ocorreu em 1906. O disco de vinil foi concebido em 1948.
Os CDs surgiram em 1980. Em termos de história da música, que tem origem com a
origem do ser humano no planeta Terra, podemos afirmar sem medo de errar que
todas essas invenções são muito recentes.
Portanto,
para se ter uma noção de como era a música na antiguidade seria necessário
coletar informações na forma de objetos, desenhos e textos. E geralmente esse
trabalho é feito por pesquisadores que estudam, investigam, e contam para o
mundo o teor de suas descobertas acerca da história da música.
Contudo,
todas essas pesquisas nos revelam também, além da música, um mundo impressionante e
fascinante, pois a história da música não retrata apenas sobre como foram
criados os instrumentos musicais, é um relato social, que demonstra
inúmeros aspectos da realidade e o modo de vida das pessoas que viveram antes de
nós.